“A things existence is ensured as long as its substance is preserved.”
Thomas Aquinas
São Tomás de Aquino (1225-1274) foi um importante filósofo e teólogo italiano da Idade Média. Ele é conhecido por integrar a filosofia aristotélica com o pensamento cristão, desenvolvendo um sistema filosófico e teológico abrangente que influenciou profundamente a Igreja Católica e a filosofia ocidental. Sua obra mais famosa é a ‘Summa Theologica’.
Esta citação de Tomás de Aquino nos convida a refletir sobre a natureza da existência e a importância da substância. A garantia da existência reside na preservação da substância, o que nos leva a questionar o que realmente constitui a substância de algo ou alguém. No contexto de objetos físicos, a substância pode ser entendida como a matéria que os compõe e que lhes confere identidade. Enquanto essa matéria permanecer intacta, o objeto continua a existir. Mas e no contexto humano? Qual é a nossa substância? Poderíamos argumentar que a substância humana é composta por uma combinação de corpo, mente e espírito. Nossa existência, portanto, estaria intrinsecamente ligada à preservação desses elementos. Quando um deles se deteriora significativamente, nossa existência como a conhecemos é posta em causa. A mente, com suas memórias, pensamentos e emoções, é uma parte fundamental da nossa substância. A perda de memória ou a deterioração cognitiva podem alterar profundamente a nossa identidade e, por conseguinte, a nossa existência. O espírito, por sua vez, representa a nossa conexão com algo maior do que nós mesmos, seja através da religião, da filosofia ou da busca por um propósito na vida. A preservação do espírito pode ser vista como a manutenção da nossa capacidade de encontrar significado e valor na existência, mesmo diante das adversidades. Refletir sobre a substância da nossa existência nos leva a valorizar o que realmente importa e a investir tempo e energia na preservação daquilo que nos define. Cuidar do corpo, cultivar a mente e nutrir o espírito são práticas essenciais para garantir uma existência plena e significativa, uma existência cuja substância permanece intacta, resiliente e vibrante ao longo do tempo. Portanto, que possamos nos dedicar a preservar a nossa substância, a essência do nosso ser, para que a nossa existência seja sempre assegurada e enriquecida.
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